Resenha do livro Truques da Escrita de Howard S. Becker

O livro Truques da escrita: Para começar e terminar teses, livros e artigos, foi escrito por Howard Saul Becker, academicamente conhecido como Howard S. Becker, um sociólogo estadunidense nascido em 18 de abril de 1928, em Chicago. Formado pela Universidade de Chicago, ele é reconhecido como integrante da segunda Escola de Sociologia de Chicago, ao lado de Erving Goffman e Anselm Strauss. Becker fez importantes contribuições para a sociologia do desvio, da arte e da música, além de escrever extensivamente sobre estilos e metodologias de escrita sociológica.

Em Truques da Escrita, Becker, oferece um mergulho prático e perspicaz nos desafios enfrentados por estudantes e pesquisadores ao escrever. Mais do que um simples manual de regras, o livro propõe reflexões sociológicas sobre o processo de escrita, desmistificando os rituais, medos e bloqueios que paralisam pessoas autoras de todas as áreas. O autor, conhecido por sua clareza e tom direto, reforça a ideia de que as dificuldades para escrever não são falhas pessoais, mas resultados de estruturas sociais que criam ambientes inibidores.

Becker começou a ministrar um seminário de redação para estudantes de pós-graduação em sociologia na Northwestern University. Como ele relata no primeiro capítulo de seu livro, essa decisão surgiu da necessidade de reunir em grupo os muitos alunos que buscavam sua ajuda individualmente como professor particular e terapeuta para questões de escrita. A experiência se mostrou tão interessante e a demanda por um seminário semelhante tão evidente que Becker decidiu escrever um artigo baseado nessa experiência, que corresponde ao primeiro capítulo de Truques da Escrita.

Após compartilhar o artigo com ex-alunos e amigos, recebeu sugestões para abordar novos tópicos, o que o motivou a continuar escrevendo. O que o surpreendeu, no entanto, foi a grande quantidade de correspondências vindas de pessoas desconhecidas de várias partes do país, que afirmavam ter encontrado consolo e inspiração no texto. Muitas dessas cartas eram emocionadas, com remetentes descrevendo as dificuldades enfrentadas para escrever e relatando que o artigo lhes devolvera a confiança para tentar novamente. Alguns expressaram espanto sobre como Becker, sem conhecê-los, conseguia descrever com precisão seus medos e ansiedades.

Embora reconhecesse a qualidade do artigo, Becker sabia que não estava dizendo nada radicalmente novo — muitos de seus conselhos ecoavam ensinamentos encontrados em livros e cursos tradicionais de redação em inglês. Ele concluiu que a relevância e a ressonância de seu texto derivavam do fato de abordar problemas estruturais e compartilhados da vida acadêmica, em vez de tratar dificuldades meramente pessoais.

O autor observa que os alunos de graduação enfrentam desafios de escrita bem diferentes daqueles encontrados por acadêmicos mais experientes. Segundo ele, estudantes universitários geralmente escrevem trabalhos curtos, com prazos apertados, sobre temas que desconhecem e pelos quais têm pouco ou nenhum interesse. Esses textos são produzidos para um leitor que está apenas cumprindo o papel de avaliador, e o resultado final dificilmente terá um impacto significativo na vida acadêmica dos alunos.

Por outro lado, os acadêmicos escrevem sobre temas pelos quais são profundamente interessados e que conhecem bem, direcionando suas produções a um público que presumem compartilhar esse interesse. Além disso, eles não estão sujeitos a prazos tão rígidos quanto os estudantes, mas sua carreira depende diretamente da recepção de seus textos por colegas e superiores. Becker destaca que, enquanto os estudantes de graduação conseguem se distanciar emocionalmente dos textos que escrevem, acadêmicos, mesmo os iniciantes, não têm essa possibilidade. A escrita faz parte de sua identidade profissional, o que torna a tarefa mais séria e, por isso, mais intimidante. Esse medo de escrever, conforme ele aponta, agrava as dificuldades técnicas e torna o processo ainda mais desafiador.

No segundo capítulo, “Persona e Autoridade”, Becker ilustra como o tom acadêmico muitas vezes serve mais para impressionar do que para comunicar claramente. Ele relata uma conversa com Rosanna Hertz, uma estudante avançada, que questionou suas edições em um capítulo de sua tese. Howard destacou que muitos escritores escolhem palavras complicadas para soar mais intelectuais, o que Rosanna chamou de “mais classe”. Becker transformou essa expressão em uma reflexão sobre a hierarquia acadêmica, onde o uso de linguagem rebuscada reforça o elitismo e distancia os leitores.

O capítulo destaca um aprendizado essencial: a clareza não diminui a complexidade de uma ideia, mas a torna acessível. Escrever de forma simples exige coragem para abandonar a pretensão e focar na comunicação real. Becker conclui que o uso de palavras curtas e frases diretas não só facilita a leitura, mas também melhora a precisão das ideias.

No terceiro capítulo, “A Única Maneira Certa”, Becker desconstrói a ideia de que existe uma estrutura predeterminada para textos acadêmicos. Ele argumenta que muitos escritores evitam reescrever seus textos porque acreditam que bons escritores acertam na primeira tentativa, uma noção reforçada pela cultura escolar hierárquica, onde a escrita é tratada como um teste de habilidades. Becker explica que escrever é um processo de exploração e descoberta, e que existem várias maneiras eficazes de expressar uma ideia, não apenas uma fórmula correta.

O autor discute como a falta de exposição ao processo real de escrita contribui para o bloqueio. Estudantes raramente veem seus professores revisando textos ou recebendo feedback crítico. Becker expõe o mito da escrita perfeita e afirma que reescrever não é sinal de fracasso, mas parte essencial da criação de um bom texto. Sua lição central é que flexibilidade e disposição para revisar são os verdadeiros indicadores de habilidade.

Intitulado “Editando de Ouvido”, o capítulo quatro do livro Truques da Escrita, explora o processo de edição e os critérios intuitivos que guiam a escrita acadêmica. Becker observa que cientistas sociais desenvolvem padrões de gosto com base nas leituras que admiram, muitas vezes sem seguir regras formais, mas confiando no que “soa bem”. Ele explica que, embora normas gramaticais e estilísticas sejam úteis, poucos acadêmicos as aplicam conscientemente. Em vez disso, confiam em heurísticas implícitas, influenciadas por experiências pessoais e pela expectativa de como o público reagirá.

Howard salienta que, na academia, o conteúdo tem precedência sobre o estilo, o que resulta na tolerância a textos mal escritos, enquanto erros metodológicos são duramente criticados. Isso leva muitos estudantes de pós-graduação a negligenciarem o desenvolvimento de suas habilidades de escrita. Becker sugere que um antídoto para a má redação acadêmica é ler fora da própria área e escolher bons modelos de texto, reforçando a importância da prática consciente e contínua para melhorar a clareza e a qualidade da produção escrita.

A evolução contínua das habilidades de redação ao longo da vida acadêmica, destacando que a escrita não é uma habilidade dominada de forma instantânea, mas um aprendizado constante moldado pelas experiências e desafios enfrentados na carreira é a abordagem do quinto capítulo, intitulado “Aprendendo a Escrever como Profissional”. Becker observa que cientistas sociais geralmente só percebem a complexidade da escrita quando encontram dificuldades para publicar ou redigir seus trabalhos.

Ele compartilha experiências pessoais que moldaram sua abordagem à escrita, incluindo sua colaboração com Everett Hughes e Blanche Geer. Este último, segundo Howard, desempenhou um papel fundamental em ensiná-lo a valorizar a precisão das palavras e a diversão presente no processo de reescrita. As discussões detalhadas sobre cada frase transformaram a redação em um quebra-cabeça envolvente, mostrando que expressar ideias de maneira clara e concisa é uma escolha deliberada.

O autor também reflete sobre a influência da Escola de Sociologia de Chicago, onde foi formado, destacando o impacto de uma forte tradição teórica e metodológica. Essa formação o proporcionou confiança para lidar com problemas acadêmicos, mesmo que, racionalmente, ele reconhecesse as limitações de tal abordagem. Becker conclui que reconhecer a escrita como um processo prazeroso e contínuo pode reduzir a ansiedade e tornar o ato de escrever mais produtivo e satisfatório.

Pamela Richards, uma socióloga que lecionava na Universidade da Flórida, escreve a maior parte do capítulo seis, intitulado “Riscos”, onde são abordados os desafios emocionais e intelectuais relacionados ao ato de escrever, especialmente para cientistas sociais. Ela compartilha sua experiência como pesquisadora na penitenciária feminina de Gainesville, onde, após um trabalho de campo bem-sucedido, enfrentou dificuldades para redigir seus resultados. A orientação de Howard Becker foi decisiva: ele recomendou que ela escrevesse livremente, sem recorrer às notas, e simplesmente deixasse as ideias fluírem, com permissão para reconhecer bloqueios e passar adiante. Esse conselho reforça a ideia de que escrever é um processo contínuo de tentativa e erro.

Richards explora o papel crítico da confiança no processo criativo. Ela reconhece que poucos são os indivíduos que escrevem sem medo do julgamento alheio, e discute como a confiança é construída ao longo do tempo, frequentemente entre colegas de pós-graduação e professores que testemunharam os primeiros passos incertos e as ideias malformadas. Para ela, essas relações são essenciais, pois oferecem o apoio necessário para encarar os riscos inerentes à escrita acadêmica.

Um dos maiores riscos mencionados é o medo de ser considerada inadequada como socióloga – uma insegurança profundamente enraizada na percepção dos outros e em seu próprio julgamento. Esse risco, segundo Richards, está entrelaçado com a necessidade de validação externa: saber que está no caminho certo só se torna possível quando alguém em quem se confia confirma suas capacidades. Ainda assim, a validação só pode vir depois que o trabalho for escrito e compartilhado, criando um ciclo paradoxal onde a escrita exige tanto coragem quanto apoio mútuo. Esse capítulo destaca como a escrita é um ato de vulnerabilidade e conexão, marcado por riscos, mas também por possibilidades de crescimento e autodescoberta.

No capítulo “Soltando o texto”, o sétimo do livro, o autor explora o dilema entre finalizar um trabalho e revisá-lo indefinidamente, inspirado na expressão “getting it out the door” (em uma possível tradução “fazer algo sair porta afora”; em sentido figurado amplo, aqui usado, “lançar, soltar algo”). usada na indústria de computação para o lançamento de produtos. Ele destaca que todo processo de criação — seja um computador, livro ou dissertação — enfrenta erros inevitáveis devido às limitações humanas. Ainda assim, os criadores tendem a acreditar que mais uma revisão corrigirá todas as falhas.

Howard Becker explica que escritores passam por etapas progressivas de “soltar” o texto, começando com amigos e colegas até chegar ao público final. Porém, muitos adiam tanto a entrega que acumulam projetos incompletos. Ele sugere que equilibrar aperfeiçoamento e lançamento não tem resposta fácil e depende do papel que o autor quer assumir em seu campo de atuação.

Ele ressalta no capítulo a ambivalência acadêmica entre a pressa para publicar e a busca por perfeição. Ele conclui que, apesar da tensão, publicar mesmo com imperfeições é essencial para contribuir com o conhecimento e gerar impacto.

“Apavorado com a bibliografia”, é o oitavo capítulo, e nele, são abordados os desafios enfrentados por acadêmicos e estudantes ao lidar com a extensa bibliografia necessária para fundamentar suas pesquisas. Howard critica a ideia de “usar” teorias e autores como se fossem ferramentas intercambiáveis, explicando que as escolhas metodológicas e teóricas são, em grande parte, moldadas pelas decisões diárias do pesquisador durante o desenvolvimento do estudo.

Becker destaca o medo comum de descobrir que uma ideia considerada original já foi explorada, e o impulso de demonstrar conhecimento sobre tudo o que já foi escrito sobre o tema. Ele observa que conectar uma pesquisa a nomes clássicos e teorias estabelecidas ajuda a conferir legitimidade e originalidade ao trabalho, mas isso também contribui para a ansiedade e o formalismo tedioso das revisões bibliográficas.

O autor enfatiza que, embora seja essencial estabelecer uma relação com o conhecimento anterior, o verdadeiro valor acadêmico está em dizer algo novo, mesmo que não seja completamente inédito. Ele alerta que tanto a repetição literal quanto a busca por uma originalidade total são problemáticas — os trabalhos mais relevantes geralmente expandem temas conhecidos de maneira compreensível e inovadora.

E conclui que o uso excessivo ou inadequado da bibliografia pode sufocar a clareza e a originalidade do texto. Reconhecer quando isso ocorre requer prática e reflexão, reforçando a importância de buscar equilíbrio entre respeitar a tradição acadêmica e trazer contribuições próprias.

No capítulo nove, Usando o computador para escrever, escrito em 1986,  Howard reflete sobre a evolução da escrita com o advento dos processadores de texto. Ele compartilha sua experiência como um dos primeiros sociólogos qualitativos a adotar computadores pessoais, destacando o impacto positivo dessa ferramenta na prática de reescrever e revisar textos.

Becker explora a resistência comum à reescrita, explicando que, antes da era digital, o desgaste físico de datilografar várias versões de um texto desmotivava muitos escritores. As limitações materiais, como espaço no papel e a dificuldade de cortar e reorganizar trechos, tornavam o processo de edição tedioso e cansativo. Com o computador, essa barreira foi superada, facilitando revisões rápidas e encorajando a melhoria contínua do conteúdo.

Ele também analisa a escrita como uma atividade física e mental, rompendo com a tradicional separação entre trabalho intelectual e manual. O autor argumenta que ignorar o esforço físico envolvido no ato de escrever reduz a compreensão do processo criativo e suas dificuldades.

Apesar das vantagens trazidas pelos computadores, ele alerta que essa facilidade não necessariamente economiza tempo, já que permite ajustes contínuos que podem prolongar o trabalho. Ainda assim, a principal lição é que o uso de processadores de texto democratizou a capacidade de escrever e revisar, tornando a escrita uma atividade mais acessível e menos penosa.

Howard em 2007, vinte anos depois, traz um adendo ao capitulo nove. Com o subtítulo, O que você pode fazer com um computador, Becker reflete sobre as mudanças tecnológicas ocorridas duas décadas após sua primeira análise sobre o uso de computadores na escrita. Ele destaca como a nova geração de usuários veem essas máquinas como ferramentas padrão, aproveitando com naturalidade recursos como copiar e colar, busca por referências, corretores ortográficos e o envio digital de textos. No entanto, Becker também observa que, apesar dessas facilidades, muitas dificuldades e temores persistem. Ele comenta que os computadores ainda são percebidos como máquinas complexas e propensas a erros, com comandos e mensagens de erro que parecem arbitrários e intimidadores.

Becker reconhece os avanços que ultrapassaram as limitações físicas do papel e permitiram novos modos de organizar informações, como a facilidade para movimentar trechos de texto e a gestão digital de notas e citações. Ele aponta também que os computadores possibilitaram a inclusão de elementos visuais — gráficos, fotos e tabelas — de maneira mais direta e controlada pelos autores, reduzindo a dependência de designers, embora reconheça que esses profissionais podem oferecer soluções visuais superiores.

Outro avanço significativo é a facilidade de montar bibliografias. Becker enfatiza como ferramentas de busca e programas especializados permitem compilar listas de referências em qualquer formato exigido, tornando mais simples atender às exigências acadêmicas e editoriais. Contudo, ele termina com um alerta: o computador, apesar de suas vantagens, é também uma armadilha. Ele aconselha cautela ao confiar completamente nessas ferramentas, lembrando que a tecnologia, ao mesmo tempo que resolve problemas antigos, cria novos desafios e riscos.

No capítulo dez, o último do livro, “Uma palavra final” ele separa em duas partes a primeira em 1986, onde Becker oferece conselhos para quem deseja melhorar sua redação, mas com um tom pragmático. Ele esclarece que a leitura de seu livro não resolverá todos os problemas de escrita, pois os problemas são pessoais e cada um deve se responsabilizar por superá-los. Becker sugere que, ao revisar um texto, o escritor deve eliminar palavras desnecessárias e refletir sobre a persona que está criando com sua escrita, considerando como ela impacta a credibilidade. Ele também destaca a importância de examinar as metáforas para garantir que elas ainda sejam pertinentes. A chave, para Becker, é a atenção constante ao processo de escrita, que pode ajudar a ganhar controle sobre os próprios textos.

Becker também menciona, de forma implícita e explícita ao longo do livro, que a escrita não é uma atividade isolada, mas sim um reflexo das exigências e incentivos da organização acadêmica na qual o escritor está inserido. Ele encerra com uma lição importante da sociologia: os problemas que enfrentamos não são unicamente responsabilidade nossa, mas resultado de uma estrutura organizacional maior. Por isso, não devemos nos culpar excessivamente. Seu conselho final é encorajador: tente! O pior que pode acontecer é ser visto como um “idiota”, o que, para ele, não é o fim do mundo.

No trecho de 2007, “Mais algumas palavras finais”, Howard Becker reflete sobre as transformações no cenário acadêmico e editorial, comparando o contexto de sua carreira com as mudanças significativas que ocorreram nas últimas décadas. Ele expressa um certo pesar pelas mudanças que ocorreram, destacando que, enquanto na sua época de início, a demanda por professores e oportunidades de publicação eram amplas, hoje a realidade é diferente. A competição para empregos acadêmicos é intensa, e publicar em periódicos respeitados tornou-se um desafio, até para acadêmicos renomados. Becker reconhece que as publicações acadêmicas agora estão profundamente influenciadas por critérios estilísticos e bibliográficos que, muitas vezes, impõem limitações criativas e acadêmicas.

Ele também comenta a transformação do papel dos periódicos, que antes eram veículos para divulgar as últimas pesquisas e reflexões, mas agora servem a um propósito mais estratégico dentro das universidades, como fator decisivo para contratações e estabilidade dos acadêmicos. Para Becker, isso representa uma mudança no propósito da publicação acadêmica e uma pressão crescente sobre os pesquisadores.

Por outro lado, Becker destaca a ascensão das possibilidades de publicação eletrônica, ainda em expansão. A auto publicação e a distribuição de textos pela internet, através de sites pessoais ou serviços de publicação on-line, tornam-se alternativas viáveis para divulgar ideias e pesquisas. Embora a auto publicação não ofereça a mesma garantia de qualidade das publicações tradicionais com avaliação por pares.

Becker conclui com um otimismo cauteloso, sugerindo que novas formas de divulgar e compartilhar conhecimento já estão surgindo, apesar de ainda não terem explorado todo o seu potencial. Ele vê essas novas formas de publicação como uma oportunidade de transformar a forma como pensamos e compartilhamos nossas ideias acadêmicas, embora reconheça que o caminho ainda está em construção.

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