Já sabemos que o racismo é algo que perpetua toda a vivência de uma pessoa negra na sociedade, inclusive na academia, educação, pesquisa e ciência.
A Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as) – ABPN vem para confrontar essa realidade. Assim como nome já diz, é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, assistencial, cultural, científica e independente, que reúne pesquisadores, em suas mais diversas particularidades para estudos e pesquisas sobre temas do interesse da população negra.
A ABPN, fundada em agosto de 2000, abre espaço para que o negro seja protagonista desses estudos e que, por meio da ciência, promovam o desenvolvimento sociopolítico e cultural de uma sociedade mais justa. A visibilidade e fortalecimento desses pesquisadores, assim como seus interesses, institucionalização de grupos de pesquisa, consolidação de campos temáticos, promoção de encontros e eventos com pesquisadores negros são alguns exemplos de objetivos e atividades da associação.
Conheça mais sobre a ABPN:
Permeado pelo mesmo contexto histórico e objetivo de reivindicações da ABPN, surgiu o Consórcio Nacional de Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (CONNNEABs). Trata-se de uma rede nacional de núcleos formados por esses pesquisadores, os quais alguns desses núcleos são associados a universidades, outros não. A rede do CONNEABS é extensa, mas separamos por região do país, um núcleo que tenha página nas redes sociais ou página, para que você possa ilustrar o trabalho realizado por esses grupos. Confira:
CEPEGRE – Centro de Estudos, Pesquisa e Extensão em Educação, Gênero, Raça e Etnia, da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul, região centro-oeste, é dirigido pela Profa. Dra. Beatriz dos Santos Landa, pós-doutora em Educação, e foi criado em setembro de 2014. O intuito do núcleo é desenvolver estudos e ações contra a discriminação, homofobia, racismo, xenofobia, violência contra a mulher e outras formas de violência, por meio de políticas públicas e de ações afirmativas voltados a esses temas. Conheça mais sobre o CEPEGRE.
NEGRER URCA – Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação, Gênero e Relações Étnico-Raciais, da Universidade Regional do Cariri – URCA, da região nordeste. Profa. Cícera Nunes, doutora em Educação Brasileira e mestre em Educação Brasileira é a coordenadora do núcleo e membro da ABPN. O grupo possui páginas nas redes sociais que divulgam eventos, dicas de leitura e conteúdo sobre temáticas étnico-raciais, gênero e educação. Confira o Instagram do NEGRER URCA.
NAFRICAB – Núcleo de Africanidades e Brasilidades, da Universidade Federal do Espírito Santo – Ufes, da região sudeste. O grupo nasceu em 2012 e tem o objetivo de promover encontros, cursos, eventos e grupos de estudos com temáticas afro-brasileiras. Tem como responsável a Profa. Dra. Jurema José de Oliveira, doutora em letras e autora de publicações sobre temas étnico-raciais e educação. O núcleo capixaba possui um canal no Youtube com vídeos completos que abordam os temas de estudos. Acesse aqui e assista.
NEAB – Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros, da Universidade Luterana do Brasil, região sul. É dirigido pelo Prof. Deivison Moacir Cezar de Campos, doutor em Comunicação e pesquisador de temas étnico-raciais. Criado em maio de 2014, o grupo propõe institucionalizar a discussão sobre educação, diversidade, inclusão e igualdade étnico-racial. A página do Facebook traz mais detalhes sobre o núcleo e o canal do Youtube convida pesquisadores para falar sobre as temáticas estudadas.
Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas – NEABI/UFAC, da Universidade Federal do Acre – UFAC. Desde 2004, realizam pesquisam nos campos da educação, história, arte, cultura e ciência e propondo ações que fomentam essas discussões, dentro e fora da universidade. A Profa. Flávia Rodrigues Lima da Rocha, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação e pesquisadora, é responsável pela coordenação do grupo. Saiba mais, clicando aqui.
Agora você já conhece mais sobre a ABPN, o CONNEABS e alguns núcleos de pesquisa do país! Para se associar a ABPN, clique aqui. Para inscrever o seu núcleo de estudos e fazer parte da CONNEABS, acesse aqui. Aproveite e conheça a história de alguns pesquisadores negros na matéria da Universidade Federal de Uberlândia.
